Projetos de Pesquisa

Sistematização e divulgação da produção científica e inovação em design na ESDI/UERJ por meio de plataforma de conhecimento aberto
Projeto de Iniciação Tecnológica que visa sistematizar e divulgar a produção científica do Programa de Pós-Graduação em Design em redes de acesso aberto. Financiado pela FAPERJ. julho 2024 - julho 2025


Fabulações especulativas em direção a uma antropologia por meio do design
Em consonância ao plano de trabalho apresentado ao Prociência/Uerj 2017 sob o título de ?Da inovação social à imaginação coletiva: estudo sobre novas formas de engajamento e participação e suas correspondências com o ensino e a pesquisa em design?, o projeto de pesquisa para o pós-doutorado é dedicado ao aprofundamento e especificação dos objetivos gerais apresentados ao Prociência, a saber: investigar as relações entre formas de engajamento e participação com processos de ensino e pesquisa em design por meio de um estudo que conjuga modos de produção de conhecimento em design e antropologia, contribuindo assim para o avanço das pesquisas sobre educação em design e, concomitantemente, para a consolidação do campo de estudos denominado de design anthropology. A fim de alcançar tais objetivos, a abordagem metodológica adotada para o desenvolvimento da pesquisa combina cinco diferentes frentes de trabalho, a saber: 1) estado da arte e revisão de literatura em teoria antropológica, em busca de reconsiderações da antropologia como uma prática de pesquisa aberta, engajada, criativa e imaginativa; 2) estado da arte e revisão de literatura dos estudos em design anthropology; 3) pesquisa de campo e de arquivo sobre experimentações educacionais em design, como, por exemplo, nos arquivos da Bauhaus (1919-1933), e da Escola de Ulm (HfG-Ulm, 1952-1968), e em outras escolas de design em funcionamento hoje na Europa; 4) comparação entre o material coletado na Europa com os dados etnográficos recolhidos pela pesquisadora no Brasil, entre 2016 e 2017, em torno do movimento Esdi Aberta; 5) preparação de um ensaio de fabulação especulativa que busca indicar porque a educação em design pode ser relevante não somente para a formação de profissionais de design, mas também para o treinamento de um novo tipo de antropólogos, aptos a se engajar com aqueles que eles pesquisam, por meio de relações de imaginação coletiva e correspondência.


Documentação, análise e sistematização de parâmetros para a revisão e atualização das relações de participação e engajamento entre os envolvidos em atividades de ensino e pesquisa em design
o presente projeto busca redefinir, em termos antropológicos, o que constitui a educação e a pesquisa em design. Ao especificar a originalidade que as distingue, nomeadamente as abordagens pedagógicas e investigativas de (1) aprendizado pelo fazer e (2) exercícios de imaginação coletiva de futuros transformativos, complementarmente a pesquisa se orienta para uma reconsideração do ensino e da pesquisa em design por meio de uma análise antropológica. Ao combinar design e antropologia, ela inevitavelmente contribuirá, também, para a ampliação do escopo de estudos no emergente campo denominado de design anthropology, que reúne pesquisadores das duas áreas em busca do estabelecimento de relações simétricas entre modos de produção de conhecimento próprios às duas áreas de estudos a fim de produzir inovações para a prática e pesquisa nas ciências sociais, como é o caso da antropologia, e nas ciências sociais aplicadas, como é o caso da área de design.


Design como conhecimento: desafios para a pesquisa orientada à sociedade
Este projeto articula pesquisadores e laboratórios de pesquisa do PPDESDI (programa de Pós Graduação em Design da Escola Superior de Desenho Industrlal, segundo quatro abordagens: (1) Desenvolvimento da história, da teoria e da pesquisa em design; (2) Raciocínio projetual, implicações para o ensino de design e a educação em geral; (3) Projetos colaborativos nos âmbitos da política e da produção; e Design e ambiente de negócios.


Fazer design no antropoceno: dilemas, desafios e potencialidades
Este projeto busca situar o fazer Design diante dos dilemas, desafios e potencialidades colocados pela emergência de uma nova era geológica na história do planeta Terra, marcada por intensas e vertiginosas alterações ambientais. Esta era vem sendo designada a partir de uma marca cada vez mais evidente, associada a um determinado tipo de ação humana: o Antropoceno. Para dar conta de investigar as implicações do Antropoceno no fazer Design, o projeto se organiza em quatro frentes de ação: (1) Revisão bibliográfica e levantamento do estado da arte de estudos sobre Antropoceno, dentro e fora do campo do design; (2) Antropoceno situado: investigação etnográfica, histórica, geontológica, narrativa e especulativa na região do centro histórico da cidade do Rio de Janeiro; (3) Aprender fazendo com as perspectivas afroindígenas; e (4) Design como prática de correspondência permacultural. Visando reunir subsídios científicos para o enfrentamento de questões sociais contemporâneas, tais como a manutenção das condições da vida no Antropoceno, o projeto articula abordagens sociais e antropológicas ao campo do Design de Programação Visual. Combinando diversas abordagens metodológicas, o projeto coordena uma série de ações de ensino, pesquisa e extensão para endereçar os seguintes objetivos: Investigar o que caracteriza o Antropoceno; Identificar as implicações da nova era geológica no fazer Design; Reunir material de referência sobre Design e Antropoceno; Apontar para revisões epistemológicas e metodológicas no campo do Design, em resposta aos desafios colocados pelo Antropoceno; Situar o Antropoceno, investigando a especificidade da sua incidência na região central da cidade do Rio de Janeiro; Fazer circular conhecimentos e tecnologias sociais sustentáveis, tais como as produzidas por indígenas, quilombolas, povos de terreiro, e movimentos ligados à agroecologia e à permacultura; E aplicar os conhecimentos de Programação Visual à divulgação ampla dos conhecimentos reunidos.


Design, história e memória gráfica
Projeto de pesquisa que trata de abordagens históricas do design que situam-se tanto no sentido crítico de reinterpretação do passado para significação do presente e projeção do futuro, como na aproximação de fenômenos recentes para a compreensão da experiência do tempo atual. Busca-se conexões entre as técnicas de produção e possibilidades expressivas do design, na interpretação de linguagens visuais do passado e do presente, situadas em seus contextos de uso e práticas sociais. Através da identificação e análise de manifestações gráficas e da cultura material como objetos centrais de pesquisa, objetiva-se a investigação e reflexão sobre práticas projetivas, de circulação ou de consumo de artefatos de design, contribuindo para a visibilidade de técnicas e temáticas que atuam na articulação de identidades e processos culturais de significação. Valoriza-se especialmente a promoção e memória do design brasileiro em suas origens e manifestações menos conhecidas na historiografia tradicional desde o século XIX até os dias atuais.


Arquitetura Com-sentida: Atravessamentos contemporâneos entre cidade, design e arte no limiar da cultura
O objetivo geral deste projeto é situar a ideia de arquitetura e urbanismo no debate contemporâneo das emergências sociais e de suas relações com design, arte e cultura, a partir de reflexões sobre participação, coautoria, decolonialidade, lugar, práticas populares, alteridade, intersubjetividade, superfície de contato, evento, entre outras. A hipótese central da investigação consiste em compreender que a condição da arquitetura e urbanismo contemporâneos e das emergências sociais desafia os profissionais na criação de projetos que produzam deslocamentos de suas próprias "identidades fixas"na construção de uma "desidentificação aditiva", onde as intervenções e a cultura material possam estar atravessadas por múltiplas facetas, por exemplo, entre arquitetura, design, arte e cultura, expandindo fronteiras de construções socialmente justificáveis.


(De)formações em design: opressão em processos formativos do design
O projeto busca investigar, discutir e combater relações de opressão que se manifestam no processo formativo de designers. A partir da perspectiva das opressões, buscamos identificar como estas se manifestam nas múltiplas facetas da formação de designers, tais como currículos, práticas pedagógicas e institucionais, relações com clientes e usuários, etc. A partir da noção de práxis, a pesquisa também procura desenvolver teoria e prática de forma articulada como modo de intervir na realidade e transformar e o combater os processos de opressão que (de)formam designers.


Cinema e Design
Pesquisa com vários desdobramentos sobre a via de mão dupla entre as artes visuais e o design, e o cinema, com ênfase na fricção entre o elemento textual e os meios audiovisuais.
Desde o uso das cartelas de texto do cinema mudo, com inserções tipográficas e gráficas como recurso complementar à própria estrutura narrativa do filme, à filmografia de Jean-Luc Godard.


Imagem em movimento numa escola de design
Como um projeto acadêmico em design evita anacronismos, mantendo um espírito pedagógico contemporâneo, comprometido com os ideais fundadores de sua ‘matriz’ bauhausiana? E mais especificamente, como a abordagem experimental da ‘imagem dinâmica’ apresentada em trabalhos como os de Lászlo Moholy-Nagy, Man Ray e Oskar Schlemmer pode ser atualizada, considerando o atual estado das tecnologias de imagem em movimento?


Teorias do envolvimento para práticas de autonomia: desenhando outros territórios em um mundo em transe
A partir do chamamento a um “planejamento orientado por teorias do envolvimento”, proposto pela socióloga Ana Clara Torres Ribeiro, a pesquisa procura realizar um trabalho de ligação, costura, enredamento entre autores, teorias, práticas e praticantes dos territórios através da realização de uma cartografia que se propõe a contar histórias - exemplos - capazes de afetar e proporcionar vislumbres desde seus modos de fazer, de teorias do envolvimento que forneçam ferramentas para ajudar a ação social a disputar futuros desde os vários mundos do presente. A intenção é contribuir com a formulação da crítica ao modelo de progresso e à noção de desenvolvimento construídos na modernidade e nos processos político-culturais do século XX a partir do campo da arquitetura, urbanismo, design e planejamento urbano. Desenhando três imagens de envolvimento como ponto de partida — (1) autonomia e territórios de comuns (2) bem viver e lugares de descolonização do pensamento (3) sonhar, fabular e contar outras histórias — a pesquisa investiga 'microecologias críticas', entendidas como lugares, movimentos, coletividades, territorialidades, construídas e mantidas através de práticas de autonomia e processos luta e cooperação que apontem caminhos para a construção de uma agenda de transformação de paradigmas para o pensamento e a ação sobre o urbano, a terra e a vida coletiva no contexto da atual crise civilizatória e ambiental que podemos associar à palavra Antropoceno.


Orlando da Costa Ferreira: Um panorama da industria gráfica brasileira
Este projeto visa, através do resgate de parte do acervo do bibliólogo Orlando da Costa Ferreira (OCF), catalogar e mapear a industria gráfica brasileira nas décadas de 1950 e 1960. Esse resgate se dará através da digitalização e da analise dos textos publicados por Orlando da Costa Ferreira em jornais no período compreendido entre junho de 1957 e abril de 1964. Como produto final desta pesquisa, além da produção de artigos cientificos, teremos o lançamento de um livro contendo uma seleção desse material e ensaios de pesquisadores participantes do referido projeto.


Design e imagem em movimento
Esta pesquisa destina-se a explorar a aproximação entre as áreas do design e das imagens em movimento, compreendendo-se aí o cinema, o vídeo, os filmes de animação, as imagens digitais geradas por programação e as imagens circulantes nas mídias sociais. Intenciona-se tratar da questão tanto numa perspectiva historico-genealógica tanto contemporânea.


Práticas criativas colaborativas: desafios para o design e para a cidade na perspectiva do comum
O recente rebaixamento do grau de investimento da cidade do Rio de Janeiro e a crise brutal do Estado indicam claramente um modelo de desenvolvimento inadequado e um legado negativo dos megaeventos aqui realizados. O “criativo” temum papel nesses processos. A pesquisa se desenvolverá em dois eixos:
(1) o primeiro com ênfase no que se entende hoje por cidade criativa a nível global, na sua configuração local em distritos criativos e na possibilidade deste arranjo produtivo trazer benefícios aos cidadãos. Diante aos limites das parcerias público privadas, a perspectiva do “comum” vem sendo pesquisada por vários autores ainda que timidamente implementadas econômica ou politicamente; (2) após a contextualização do primeiro eixo, o segundo terá como foco as práticas, desde a co-pesquisa e o co-working até as práticas criativas colaborativas propriamente ditas e, em particular, a do co-design.


Design e Cidade: Projetos, Processos e Possíveis
Para apreender a atual urbanidade, é preciso apreender as dinâmicas materiais de mobilização e constituição dos territórios metropolitanos e, ao mesmo tempo, mais especificamente, a dos “projetos” urbanos que às primeiras se articulam ou tentam se sobrepôr. Delinham-se aqui algumas pistas para reflexão: por um lado, na passagem da cidade industrial para a megalópole pós-industrial, as transformações dos modos de produção, de acumulação e, do próprio trabalho e, por outro, as consequências dessas transformações sobre o projeto urbano. Trata-se de refletir sobre os encontros e desencontros entre as transformações materiais que atravessam e (re)estruturam os espaços metropolitanos e as ações políticas, econômicas e, sobretudo, projetuais que tentam simultaneamente lidar com essas dinâmicas, as determinam ou são por elas determinadas. A crise é da cidade ou do projeto, do próprio modo de projetar? E como o design pode contribuir?


Terrestre, territórios e terraforming: imagens para ressurgências da T(t)erra
Tomando como ponto de partida a COP 26, levando em conta a visualidade tanto de seu âmbito institucional como das manifestações nas ruas, percebemos certa limitação na representação de objetivos tão prementes como o aquecimento do nosso planeta. Entendemos que mesmo sendo o objetivo de redução de gazes de efeito estufa muito bem delimitado, ele requer a mobilização de um imaginário muito mais aberto, isto é, outras práticas imagéticas que possam suscitar outras possibilidades de atuação. Procuramos aqui mostrar que os autores-guia (Haraway, Latour, Bratton entre outros) trazem com sua abordagem teórica, algumas propostas práticas e, em particular, práticas de imagem.


Arquitetura de Terreiros : Ecos da subjetividade afro-brasileira no espaço do sagrado
O objetivo geral deste projeto é desenvolver uma investigação sobre a arquitetura dos terreiros na contemporaneidade, a partir de suas relações históricas com ecos da subjetividade afro-brasileira que marcam características construtivas, formais e tipológicas desses espaços do sagrado. A hipótese central da investigação consiste em compreender que a condição da arquitetura contemporânea dos terreiros, de cultos de matrizes africanas, guardam em suas formas de uso do espaço, vestígios que nos indicam uma habitabilidade de tradições, ancestralidades, quilombismo, etc. As históricas relações e adaptações e estratégias de um povo que foi escravizado e submetido a uma nova cultura de dominação fez gerar alternativas de resistência para manutenção de sua fé e práticas religiosas. Assim, as arquiteturas dos terreiros contemporâneos parecem guardar em seus usos e adaptações construtivas muitos vestígios dessas estratégias de resistência e adaptabilidade.


Tecnicidades e sensibilidades no ensino em design
Partindo de um cenário no qual a mediação tecnológica se constitui e se condensa como forma estrutural de relações de uma sociedade da informação, esta pesquisa encaminha novos olhares para práticas no campo do ensino em design. Este estudo se debruça sobre a maneira como percepções e sensibilidades no tocante ao uso de tecnologias digitais são de alguma forma representativas no contexto do curso de design da Esdi. As iniciativas institucionais e particulares quanto ao acesso e uso de tecnologia digital na Esdi parecem estar circunscritas a todo um universo de possibilidades e valores. O objeto de pesquisa é conhecer as práticas e reflexões que se dão no entorno de tecnologias digitais de informação e comunicação no âmbito de um curso de design de uma universidade pública, a Esdi, entendendo que este uso é vetor de produção de subjetividades no ensino do Design.


Rumo a uma abordagem hermenêutica do design: interpretação, projeto e história
O problema colocado por este projeto de pesquisa é de natureza epistemológica: ele busca refletir sobre maneiras de se produzir conhecimento no campo do Design a partir de uma abordagem interpretativa -- o termo "interpretativo", adotado aqui, remete ao conceito de Verstehen (interpretação, compreensão), tal como utilizado na tradição hermenêutica. O principal objetivo do projeto é dar os primeiros passos na construção de uma base epistêmica interpretativa para os estudos científicos em Design. Espera-se apresentar, na conclusão da pesquisa, algumas diretrizes teórico-metodológicas que possam orientar futuras pesquisas na área.


Ao encontro da cor: primeiros impressos coloridos brasileiros de caráter lúdico (1880-1945)
Esta pesquisa busca investigar a transição das técnicas de impressão colorida entre a interpretação manual e a fotomecânica. Para ilustrar esse recorte serão abordados os primeiros impressos coloridos produzidos no país entre 1880 a 1945 onde se destacam as estampas de caráter lúdico pertencentes ao acervo da Fundação Biblioteca Nacional. Serão consideradas as estampas produzidas com a finalidade de entretenimento e diversão. Situam-se neste contexto os impressos coloridos que ilustram a iniciante produção literária brasileira infanto-juvenil, brinquedos e jogos (destinados tanto ao público infantil como adulto). O uso da cor tem para este tipo de peça gráfica um diferencial atrativo, sendo essencial como estratégia de persuasão e interesse. O resgate histórico visa localizar, identificar e descrever tecnicamente este tipo de impresso, promovendo o interesse pela memória gráfica brasileira e a visibilidade de sedutoras peças do acervo da BN.


Memórias da educação em design na Esdi
O presente projeto pretende levantar, documentar, arquivar e divulgar parte das práticas pedagógicas da Esdi, Escola Superior de Desenho Industrial da UERJ. O projeto parte da importância e pioneirismo da escola desde 1963 e suas contribuições para o ensino de design no Brasil como, por exemplo, sua influência no estabelecimento do currículo mínimo para os cursos de design. Apesar de seu protagonismo, ainda existe pouco material disponível para consulta sobre o ensino e as práticas pedagógicas da escola e boa parte do que se sabe é preservado por relatos orais e mediante pessoas ligadas à escola, sejam ex-alunos e professores. Há também arquivos e acervos tanto na escola como particulares ainda a serem identificados que documentam os trabalhos e exercícios feitos por alunos e ministrados por professores e que podem contribuir para um maior entendimento das maneiras como se dava o ensino do design. No que tange às relações entre design e educação, as publicações existentes privilegiam o relato histórico e a questão curricular, mas fornecem pouco material para uma investigação sobre as práticas pedagógicas. Nesse sentido, o projeto visa a identificar e resgatar as práticas a partir de consultas, entrevistas e registro dos materiais produzidos de modo a produzir e disponibilizar um acervo para futuras pesquisas.


Cenários de futuros urbanos em meio a mudanças climáticas: Rio de Janeiro, Copenhagen e Hargeisa em 2050
Quais as perspectivas de futuro para a vida urbana frente às mudanças climáticas? Tendo em vista tal questão, e mobilizando aportes das humanidades e do design, este projeto volta-se à construção de cenários de futuros possíveis para algumas cidades ao redor do mundo. Tais cenários oferecerão um panorama especulativo de possíveis desdobramentos das mudanças climáticas na vida urbana em 2050. Três cidades com situações político-econômicas bastante distintas foram selecionadas como pontos-chave para a elaboração desses cenários: Rio de Janeiro (Brasil), Copenhagen (Dinamarca) e Hargeisa (Somalilândia). Materializando trabalhos especulativos e imaginativos orientados a futuros possíveis, os cenários elaborados neste projeto oferecerão insumos para projetos de design potencialmente inovadores que busquem lidar com os efeitos da mudança climática na vida urbana.


Design, corpo e tecnopolítica
Este projeto de pesquisa investiga as relações históricas, sociais e políticas do campo do Design enquanto dispositivo que opera na conformação de discursos de gênero e sexualidade na sociedade ocidental. Através dos estudos Queer, (Trans) Feministas e Decoloniais, e também de investigações históricas, este projeto propõe uma abordagem crítica e propositiva acerca das implicações políticas do design, enquanto tecnologia de mediação na normatização dos corpos. Neste sentido, o projeto objetiva também investigar e dar a ver práticas estético-políticas e memórias gráficas que conformam redes contra-normativas de resistência a apagamentos frente aos regimes de visibilidade dominantes em espacialidade e temporalidade definidas como o Brasil - e América Latina a partir da segunda metade do século XX.


Design e memória coletiva: humanidades digitais para práticas de história pública em rede aberta
A partir da compreensão do design como dispositivo que opera, junto às comunicações massivas, na conformação de discursos e subjetividades - entendendo sua práxis como tecnologia de mediação na normatização dos corpos nas sociedades em rede, o presente projeto promove investigações sobre as formas como a tecnociência, marcadamente no período demarcado pela transformação digital das práticas culturais, incide sobre regimes de visibilidade e memória coletiva.


Design como prática educativa
Investigar processos de Design em estratégias de ensino-aprendizagem, dentro ou fora da educação formal, explorando os usos do pensamento projetual em atividades integradoras de conhecimentos, procedimentos e afetos; que envolvam agenciamentos de necessidades e desejos dos sujeitos envolvidos; que considerem as características complexas do contexto onde ocorrem e que promovam o uso de tecnologias apropriadas, visando proporcionar um diferencial qualitativo para a comunidade envolvida.


Design na escola: Articulações e fertilizações recíprocas entre ESDI/UERJ e CAp/UERJ
O projeto propõe a identificação, implementação e divulgação de estratégias de articulação e fertilização recíproca entre espaços, objetos e saberes produzidos na ESDI e no CAp/UERJ visando à qualificação docente e também a promoção de educação básica de qualidade. Nesse sentido temos como objetivos: (1) a uma imersão de professores da ESDI no contexto do CAp/UERJ e vice-versa com vistas ao desenvolvimento de um plano de ação envolvendo agentes e espaços potenciais destas duas instituições para viabilizar as ações conjuntas identificadas; (2) implementação e registro das ações elencadas; (3) divulgação dos resultados alcançados por meio da produção de artigos, eventos e demais dispositivos adequados, dentro e fora do âmbito da UERJ, garantindo que a sinergia entre ambas instituições seja conhecida, fortalecida e duradoura. Entendemos que estas ações têm o potencial de promover a integração e o engajamento de designers, professores, técnicos e gestores da UERJ no sentido de aproximar as competências e conteúdos curriculares ao cotidiano e às linguagens/interações dos alunos contemporâneos favorecendo uma aprendizagem mais instigante para estes sujeitos. Acreditamos que deste modo contribuiremos para a construção de uma base colaborativa de boas práticas entre ESDI e CAp/UERJ e disseminando-a de forma ativa, dentro e fora da UERJ, fomentaremos uma via fértil de articulação entre o Design e a Educação.



Design de artefatos, tecnologias, ambientes e situações de ensino-aprendizagem
Explorar situações educativas que envolvam dispositivos de ensino-aprendizagem e/ou o desenvolvimento de atividades práticas, projetos ou protótipos que articulem conhecimentos de diferentes dimensões ou, ainda, recursos pedagógicos que contribuam para incrementar a qualidade da interação envolvendo o aprendizes.



Formação em Design
Investigar práticas pedagógicas, metodologias de ensino-aprendizagem, propostas curriculares e aspectos históricos da formação especializada em Design. Estudar artefatos didáticos, linguagens, tecnologias, discursos e espaços de aprendizagem desta formação; Analisar possíveis interações socioculturais e pedagógicas da formação especializada e não-especializada (formal e não-formal) envolvidas neste segmento.



Design na Formação de professores
Investigar o exercício do pensamento projetual e do design participativo na formação de professores (licenciaturas, pedagogias, formação continuada); Promover capacitações que provoquem a formação de professores-designers de experiências de aprendizagem; Registrar o exercício de práticas docentes que façam uso de recursos e atividades estimulantes considerando diversos perfis cognitivos e afetivos.


Design em movimento
Pretende pôr em movimento o campo constituído do design, com suas teorias e práticas, através de uma articulação entre diferentes campos de conhecimento: design, antropologia, ciências sociais e políticas. Este primeiro movimento, de cunho essencialmente teórico, se desdobra em uma multiplicidade de práticas que implicam em diversos atores/agentes, espaços institucionais e não-institucionalizados, assim como uma série de metodologias e ferramentas a serem testadas em experimentos.



Estudos da imagem e da representação visual
Pesquisar a produção e recepção de imagens e de representações visuais em sua relação com o design enquanto campo e enquanto projeto. O projeto de pesquisa abrange um campo amplo de imagens e de representações visuais: desenho, fotografia, comunicação visual, artes plásticas, cartografias e infográficos. A relação com a prática de projeto é o elemento comum assim como a possibilidade de análise por meio dos campos de conhecimento que caracterizam o grupo de pesquisa Laboratório de Design e Antropologia (LaDA): design, antropologia, ciências sociais e políticas.



Codesign, Cidade e Cidadania
O projeto tem por objetivo a elaboração de uma plataforma para o desenvolvimento de metodologias em design colaborativo que possam fomentar uma cidadania ativa através de parcerias com diferentes pessoas, instituições e formas de organização. Nesse sentido, investiga como diferentes formas de participação cidadã são evocadas através dessas metodologias em distintos contextos sociais e territórios urbanos, buscando desenvolver e consolidar experimentos de design para o fomento de processos democráticos baseados em novas formas de participação cidadã.



Design da interação nas redes sociais: uma abordagem histórico-crítica
Este projeto almeja levantar indicadores históricos da formação das redes sociais sob a ótica do design dos dispositivos nela implicados. Para tanto, busca-se traçar linhas de continuidade entre mídias tradicionais de comunicação – tais como a carta manuscrita, o jornal, a televisão, o telégrafo, e outras – e canais contemporâneos de difusão de mensagens nas mídias sociais. A pervasividade destes canais na cultura atual suscita, além de uma historiografia, uma análise crítica aprofundada do design dessas mídias interativas, considerando-se seu papel na captura da atenção, sua instauração como meio difusor de notícias e modelador de relações interpessoais numa esfera público-privada.
